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“o mesmo” e suas variantes

Utilizar a expressão “o mesmo” e suas variantes em gênero e número, como “a mesma”, “dos mesmos” etc., para se referir a algo que já foi mencionado é um dos vícios de linguagem mais comuns entre os falantes brasileiros e uma das coisas que mais corrigimos nas redações.


Na Língua Portuguesa, a palavra “mesmo(a)” pode pertencer a três classes gramaticais: adjetivos, substantivos e advérbios. Entretanto, muitas pessoas usam essa palavra para substituir termos que já foram usados no texto, o que é um grande erro, pois apenas os pronomes podem se comportar dessa forma.


Sabendo que somente os pronomes substantivos podem substituir nomes (substantivos e adjetivos), temos a questão por trás do uso errôneo dessa expressão: a inadequação às classes gramaticais. Vejamos, abaixo, alguns exemplos reais:


Para que a pandemia causada pelo vírus passe o quanto antes, é necessário que haja ações de combate ao mesmo.


Segundo relatos históricos da Marinha do Brasil, o nascedouro da mesma se deu em 1567.


Nos exemplos acima, essas ocorrências poderiam ter sido evitadas se a pessoa explorasse melhor o uso de pronomes e expressões sinônimas. Na primeira frase, por exemplo, “ao mesmo” poderia ser substituído por “a este micro-organismo”, “ao agente etiológico em questão” etc. Já na segunda frase, “da mesma” poderia ser substituída por “da instituição” ou pela reformulação “seu nascedouro se deu em 1567”.

 
 
 

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